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b fachada

by B Fachada

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1.
noutro tempo noutra configuração eu dedicava-me ao róque só tocava distorção entretinha as raparigas com letras de pressão uma cassete das antigas pelas garagens do monte abraão partir a gosto uma amiga que é um susto não sentir nenhum desgosto só libertação ao pescoço o colarinho está translúcido é a camisa 90’s que herdei do meu irmão indirecta para trabalhar a meta mais a rimar nem tanto a ser poeta a dominar a música discreta que a garagem está deserta e a puberdade é uma dieta mas eu não paro de engordar.
2.
deixo o carro junto à estrada está mais fácil ser fachada dou-me bem com a coisa errada trabalhar para fazer nada passo a serra vou para a guerra em paz amanhã volto para trás com uma sorte imaculada uso a roupa amarrotada trabalhei na coisa errada tenho a vida abençoada quem sou eu quando o sol se põe do céu e eu me visto para cantar enfiado num lugar longe do teu quem me deu as mentiras para ser eu vou tentando ser decente num fachada bem diferente do meu nunca um tema foi eterno tudo volta a ser moderno ponho aquele meu tom mais terno nasce um disco amor para ouvires no teu inverno.
3.
ponho as gotas no cabelo e uma reza eficaz não me vá crescer pêlo sem cabelo mais atrás vou perder o apelo mas tu para quebrar o gelo dizes que a careca te apraz todo eu sou desmazelo e a juventude é fugaz não cresci no restelo vou me armando ao bom rapaz quando perder o apelo vai doer-me o cotovelo e os flancos de incapaz quem dera que o pior tivesse sido a primavera e aquele verso horrível sobre a atmosfera que eu arranjo sempre merdas para cantar se vira e de repente o assunto é teu mulher respira mas também do que é que estavas à espera eu nunca soube trabalhar.
4.
quando o dia desenlaça está na hora da passa tudo fica com mais graça excepto a prenda de alcobaça chego a casa e ponho a fetra na facada predilecta fazem mal a coisa certa há que ouvir o tio careca porque a barba mal desperta é preciso andar para a fetra mandas boas intenções e aprendeste o abc mas estás a uns 40 refrões de bifar o tio b numa história de banhadas todas bem discografadas só me interessam os fachadas e as canções desenfreadas se me perco na gincana a manela não se engana do norberto à taprobana da revolta lusitana volto à fetra e na censura falta só ter mais largura e é água mole em fetra dura.
5.
vem dar-me o teu abrigo traz pão ao teu amigo vens ouvi-lo a dizer coisas que dão a entender que isto assim contigo é que é viver eu peço a tua mão nas cavernas entre as pernas como a boca do leão convencido quando eu faço uma canção o bebé fica mais querido chega a hora de eu pedir-te uma atenção cai bem o teu vestido a pança é o meu marido só para te ter se eu puder deixa-me ser a mulher canto ao teu barrigo enquanto der sem jantar sem fugir sem um castigo a casa está sempre cheia de perdão para o teu amigo sabes que o que ele tem para dizer é só mais um verso qualquer se não é nada contigo no refrão é que vais ver.
6.
podes fazer o que quiseres eu deixo gozar comigo por não ser cantor podes até ser má que eu não me queixo estás sempre pronta para o amor eu não pratico habilidades tu sabes bem como eu sofro com o calor viver é só facilidades estás sempre pronta para o amor tiro a barba para te animar canto a minha pirosada para te chegar ao calcanhar preguiçoso e mau de piça sou um bruto a melhorar enquanto não te fizer justiça não me sento a descansar tu desconfias do diabo mas o diabo é meu professor eu aguento eu nunca acabo tu estás sempre pronta para o amor se eu me livrar dos disparates podes ralhar-me por passar melhor eu nos meus 26 quilates dou-te a resposta para o amor mostras-me a barriga para sentir-me um vencedor mas duvidas que eu consiga dar vazão ao teu amor.
7.
cada direcção tem o seu sentido e mesmo sem sentido obriga a andar para cada gaja porca há um bom marido para cada mau marido o nosso lar dá para os 2 o polibã e o salão para 9 pedes beijo de mamã queres que ele me aprove tenho em mim um cozinheiro para te alimentar as cunhadas vêm ver o passageiro e vão ficando para dormir e para jantar tu trabalhas junto a mim até te dar o sono eu só durmo quando enfim a cantiga já tem dono deixaste que eu fizesse um filho teu nem te importas que o filho seja meu quem vem já quer trocar sem ver o outro andar noite fora o pianinho não se toca sozinho de manhã o meu café a jardinar cada direcção tem o seu sentido e mesmo sem sentido obriga a andar para cada gaja boa há um mau marido para cada bom marido o nosso lar.
8.
mané-mané 03:37
mais pura uma delícia de doçura e mel bondade da que é boa de verdade não me engano o parvo passa o tempo aparvalhado com a abundância ele não faz nada só canta e dança dez anos a bulir das 9 às 8 para poupar e no descanso agora em casa é que a função ficou ruim já não basta todo o dia a levar com a guitarrada vai faz um disco só sobre ti não pago é lei pelo bom que herdei mas é isto só meu bem que eu vou fazer enquanto sei por ti e para mais ninguém sexta-feira vai para a caça na selva do país um grande alívio lá em casa e o silêncio ao teu dispor sábado à tarde no regresso uma paragem no mercado caçou sem armas só traz comprado tem de útil a inutilidade que dá para rir especializado na licenciatura de ficar a meio coitado com as canções por todo o lado não se iluda só há fachada com a tua ajuda.

credits

released November 30, 2011

escrito e tocado por b fachada. produzido por b fachada e eduardo vinhas. gravado, misturado e masterizado no golden pony por eduardo vinhas e b fachada mais a ajuda do amigo sushi. joão santos e pedro magalhães visitam-nos com regularidade com ouvidos frescos e generosidade de ideias. a cafetra respondeu aos caprichos do tio b com alegria e por duas vezes enviou comitiva em seu auxílio. de uma dessas vezes foram obrigados a bater palmas ao longo de uma canção inteira: viram o mestre dudu a fazer a sua magia e ouviram as cantigas do tio como se não houvesse mais nada para fazer. ao norberto roubei-lhe o nome para um verso e quatro ou cinco acordes para começar uma canção: o empréstimo é de coração aberto e a dívida será a seu tempo bem saldada. aos poucos vamos entrando no novembro de 2011 e a chuva, já sabemos, vem dizer que é hora de fechar o disco.

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B Fachada Portugal

Aqui, a música persiste e é de todos, e também o seu comércio é justo e directo.
Mantenho, claro, as versões que considero "oficiais" das letras, dos créditos e da cronologia. Ou, pelo menos, tanto quanto me vou lembrando...
Assim seja por mais uns anos.
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