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cri​ô​lo

by B Fachada

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1.
afro-xula 03:32
com as cadeiras na batida e o cabelo ao som se te foge a rapariga volta sem batom bota a boca na botija que eu seguro o som uma desculpa e de seguida já está bom não te apanhe a dormir que a morena vai conseguir pôr a gente a mexer o poeta não te vai valer que o mar já está velho para voltar felizmente ainda há prazer navegar navegar navegar a nação a renascer afro-xula para dançar. se estás com medo da matilha liga ao tio maçon ele que mande o regicida desligar o som guarda bem a tua amiga isto não é o fon-fon-fon estou a vê-la convencida que afro-xula é mesmo bom não te apanhe a curtir o que é que vem a seguir a morena a aquecer e a guerrilha a pedir para ver então assim se faz revolução o menino em barafunda a dar beijinhos no mamão o mamão já na segunda a ser mamífero porque não vão chegando mais amigos nem sequer há inspeção cada um purga castigos vai batendo com a mão o aníbal a comer o polícia a cozinhar toda a gente sem poder e ninguém a trabalhar. sei que a cada homem cada sonho sou mais uma presa do medronho pedem-me um roteiro de viagem mas eu nunca cantei uma mensagem felizmente ainda há prazer navegar navegar navegar a nação a renascer afro-xula para dançar. o aníbal a comer o polícia a cozinhar toda a gente sem poder e ninguém a trabalhar.
2.
98 03:17
em 98 eu já sabia o que tinha que saber também no tempo de uma vida o que é que há-de mudar que valha a pena não esquecer fiz a escola necessária pela via literária até encher desde 98 ando a tentar não estragar o que tanto me custou a aprender não voltava atrás para repetir as coisas boas e emendar as más. em 98 eu já fazia o que continuo a fazer até larguei a bebida sem me deixar esmorecer relembro a glória desses dias não me meto em fantasias faço-me entender deixei o pau em 98 mas não sou assim tão mau que não me possa manter fiz-me em rapaz depois não fui capaz não voltava atrás para repetir as coisas boas e emendar as más. a vida fez-se quem sou eu para contrariar vem o fim do mês a confirmar.
3.
como calha 03:27
viver no lixo ou na cama casar na cama ou na capela putas vinho e cinderela caça ao fim-de-semana ganhar o pão de gravata a chafurdar-me na lama ficar para sempre com a manuela ou não se ama como calha por que é que não é tudo como calha nem mesmo no acaso a culpa falha bem que podia ser tudo como calha. matar a velha das finanças ou ser verde e amoroso no andanças a encher as freaks todas de esperanças e lembranças uma vida de caganças juntar-me a um homem lindo ou fingir que vou dormindo onde calha por que é que não é tudo como calha nem mesmo no acaso a culpa falha bem que podia ser tudo como calha. fica sempre tanta gente para trás ou é para a frente nem me lembro agora tanto faz os ofícios as rotinas que escaparam rapaz as mentiras as meninas que deixaste em paz as leituras as viagens as carreiras que deixaste em paz já perdeste um companheiro e estás inteiro sem os sonhos que deixaste em paz a velha ganância a namorada de infância a casa no bairro o carro e tudo o que não volta atrás do karma que deixaste em paz.
4.
é normal 02:56
jantar com gente em roda trabalhar até o final muita mama e pouca moda é excepcional mas papar a ver a bola reformar por bater mal mais ampôlas para a cachola é normal. mandar no subalterno carregar no ilegal é como ter frio no inverno é natural dez mil anos de patrões a comerem-te os colhões que estrutura social é normal leva o resto eu já estou cheio é normal domingo é dia de passeio é normal o teu inferno o meu recreio maralhal só quem pode é que não veio é normal. cai um velho capitão numa guerra de salão e já nada fica igual só o normal estás na boca do canhão logo atrás do teu irmão mas deu no telejornal que a situação é normal leva o resto eu já estou cheio é normal domingo é dia de passeio é normal o teu inferno o meu recreio maralhal só quem pode é que não veio é normal. jantar com gente em roda trabalhar até o final muita mama e boa foda é excepcional mas papar a ver a bola reformar por bater mal mais ampolas para a cachola é normal.
5.
carlos t 03:59
trancaste-me em casa com a tv vens tarde e em brasa sussurrar-me um cliché nem quero saber porquê arrastas a asa quando ninguém vê pões discos da lhasa e recitas carlos t nem quero saber porquê. carregas no vinho fico à tua mercê arruinas-me num instantinho quem te viu e quem te vê queimaste o calvino já ninguém o lê cais nos braços de um novo menino e eu desatino com não querer saber porquê. assentar até talvez casar aquecer na cama o teu lugar à espera de ver-te assentar até talvez casar aquecer na cama o teu lugar à espera de te ver chegar. (pois é amor trancaste-me em casa sozinho com a tv a encher-me de merda sabes nem sei se estás para vir mas vou começando a cozinhar já passa da meia-noite amor já é hora do jantar. não dá só para já)
6.
não divido os meus milhões nem troco de cinzeiro com poetas sem canções largam vícios por dinheiro testo sempre as aptidões enrolas tu fumo eu primeiro estás num círculo de patrões todos mandam por inteiro é que nesta roda andam fora de moda ninguém vende o seu lugar não se lêem jornais só sabemos da poda gira à roda até podar. não há redes nem há votações não há pares para te apertar os cordões lentamente vou chegando às conclusões se algum dia te baixarmos os calções tapa a tusa do reality show para poderes acompanhar o flow. puxa passa não tem graça passa puxa roda a chucha é que nesta roda andam fora de moda ninguém vende o seu lugar não se lêem jornais só sabemos da poda gira à roda até podar.
7.
tendinite 02:24
caí na teia dela por causa de um talvez espreitava pela janela um marido a cada mês para ficar no fim com ela vou esperar pela minha vez apetite não vai passar tendinite só de pensar apetite não vai passar tendinite devagar sonhei com a vida dela como ela nunca fez pus trancas na janela só por causa de um talvez para ficar no fim com ela vou esperar pela minha vez apetite não vai passar tendinite só de pensar apetite não vai passar tendinite devagar. juntei-me aos homens vela à espera do meu mês sabia que para ela era só mais um freguês chorava junto dela para largar o holandês mas se me punha nela já chamava mais três para ficar no fim com ela vou esperar pela minha vez apetite não vai passar tendinite só de pensar apetite não vai passar tendinite devagar.
8.
baladona 04:40
ninguém quer dar-me essa mão alguém tem sempre razão encher-te assim de carinho e compaixão não é tarefa para um sozinho e sem irmão tiras para ti o teu espaço um toque no braço chega para pensarmos de raspão no laço em vão.

credits

released July 13, 2012

produzido por b fachada e eduardo vinhas.
escrito, tocado e cantado por b fachada.
gravado e misturado por eduardo vinhas.
masterizado por nelson carvalho.

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B Fachada Portugal

Aqui, a música persiste e é de todos, e também o seu comércio é justo e directo.
Mantenho, claro, as versões que considero "oficiais" das letras, dos créditos e da cronologia. Ou, pelo menos, tanto quanto me vou lembrando...
Assim seja por mais uns anos.
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